Escala e translação: problemas para uma psicologia social implicada?
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13893740Palavras-chave:
Análise institucional; esquizoanálise; psicologia social; Milton SantosResumo
Neste trabalho, partimos de uma pesquisa de doutorado em Psicologia para discutir um modo de colocar problema que seja profissionalmente implicado. Num processo de investigação sobre a relação entre tecnologias e produção de subjetividade, deparamo-nos com uma questão que parece comum à Psicologia Social: a distância entre as produções teóricas e sua possibilidade de “aplicação” na prática profissional em Psicologia. Mobilizamos o conceito institucionalista de implicação como um nó de relações que posicionam e constituem perspectivas da produção acadêmica nas humanidades. Em particular, a implicação profissional como componente de pontos de vista firmados em trabalhos situados, por exemplo, nas áreas de Geografia, Comunicação, Educação, Filosofia e Sociologia, com os quais nos deparamos nos estudos da pesquisa. Discutimos a institucionalidade da atuação profissional a partir de organizações e documentos gerais da profissão, como o CensoPsi, do CFP; o documento de área, da CAPES; as DCN, do MEC e Anais da ANPEPP. Estes apontam um desenho institucional onde a produção de conhecimento se distancia da atuação profissional, sendo esta prática, contraditoriamente, a principal via que leva (ou levaria) a efeito os produtos das pesquisas. Por fim, discutimos duas noções virtualmente capazes de reduzir a distância entre ciência e profissão (ou “teoria e prática”) para uma questão específica de pesquisa, que pode ser comum a área: escala dos fenômenos abordados e a translação dos conhecimentos para a prática profissional. A translação (tradução, transporte, ponte, translado) de outras disciplinas para a psicologia, das produções acadêmicas para a prática profissional se mostra uma tarefa necessária para uma psicologia profissionalmente – e, portanto, socialmente – implicada. Donde começamos pela tradução para a escala da interação, demonstrada através da interface com o pensamento geográfico de Milton Santos, por conceitos internos ao de Espaço.
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