Contribuições bergsonianas ao conceito de imagem-tempo
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13894170Palavras-chave:
Imagem Movimento; Imagem Tempo; DiferençaResumo
Este trabalho visa estabelecer uma reflexão sobre a obra de Gilles Deleuze, analisando os conceitos de Imagem Movimento e Imagem Tempo nos principais textos nos quais o autor discute as contribuições bergsonianas ao campo filosófico: Bergsonismo (1965); Diferença e Repetição (2019); Cinema 1 A Imagem Movimento (1983); Cinema 2 A Imagem Tempo (1985); Conversações (1990). Partindo de uma investigação sobre a noção de duração e sobre a questão do tempo como fundamento ontológico (Bergson, 1939; 1956, 1965), Deleuze elabora sua concepção de imagem indireta do tempo, baseando-se no passado puro como base da emergência de uma memória cósmica e do movimento, considerando-o, de acordo com a proposição bergsoniana, como o próprio fundamento do tempo e da subjetividade. A Imagem Movimento se caracteriza pela sua essência, que em sua dimensão ínfima corresponde a uma condição paradoxal do movimento qualitativo em si mesmo, diferente do movimento pensado como deslocamento entre dois pontos no espaço. Ao analisar esta dimensão mínima em sua contração ou estado de deslocamento em si mesmo como fundamento de uma transformação qualitativa, apresentando as teses sobre a contemporaneidade, coexistência e a preexistência do passado sobre o presente, Deleuze revisita as contribuições bergsonianas, propondo sua ontologia da Diferença. Em A Imagem Tempo, o autor retoma as teses do filósofo anteriormente citado, em sua investigação sobre o tempo. Não no sentido de uma superação, evolução ou descrédito destas, mas desdobrando-as junto aos principais conceitos da arte cinematográfica. Nesse sentido, o autor aponta para uma insuficiência do passado como fundamento do tempo e do Ser, desenvolvendo o que denominará como uma Imagem Direta do Tempo, imagem do Devir ou da Diferença.
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