Masculinidade e afetividade do homem negro no Brasil: uma análise genealógica das relações de poder
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13941607Palavras-chave:
Masculinidade negra; afetividade; racismo estrutura; resistência; genealogia socialResumo
Esta pesquisa investiga a construção histórica e social da masculinidade e da afetividade do homem negro no Brasil, analisando as dinâmicas de poder que atravessam essas identidades em contextos de opressão racial e de gênero. Utilizando o método genealógico, o estudo rastreia as transformações desses conceitos ao longo do tempo, buscando desvelar como o racismo estrutural e o colonialismo moldaram as representações do corpo negro masculino, especialmente no que diz respeito à virilidade e à desumanização. A metodologia inclui a análise de obras literárias, documentos históricos e representações midiáticas, além de um exame das relações de poder que configuram a masculinidade e o afeto. Os resultados destacam a marginalização do homem negro dentro dos padrões hegemônicos de masculinidade, bem como a violência simbólica e a sexualização que persistem nas representações contemporâneas. Contudo, emergem também formas de resistência e ressignificação, tanto no plano individual quanto coletivo, que buscam romper com os estereótipos e criar novas narrativas de masculinidade e afetividade, promovendo a emancipação e a autenticidade do homem negro.
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